Microcirurgia de Laringe

A maioria dos problemas vocais são tratados clinicamente com fonoterapia, repouso vocal, controle de doenças de base como rinites, sinusites, tabagismo e doença do refluxo. No entanto alguns pacientes apresentam lesões como cistos ou pólipos nas pregas vocais que não melhoram com estas medidas, devendo ser submetido a cirurgia.

É uma cirurgia realizada sob anestesia geral, sob visão microscópica ou endoscópica. Habitualmente de recuperação muito rápida e indolor.

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Quando decidir sobre a cirurgia, atentar para as diferenças de técnicas e cuidados necessários no pós-operatório.

Uvulopalatofaringoplastia

Pacientes portadores de roncos e apnéia do sono apresentam alguma obstrução na via aérea durante o sono e o problema pode estar na região faríngea, das amígdalas. Pacientes com obstrução localizada nesta região podem se beneficiar de cirurgias faríngeas como a Uvulopalatofaringoplastia ou Faringoplastia.

Esta técnica cirúrgica envolve a retirada das amígdalas associada a modificação parcial da dimensão da faringe (garganta) objetivando maior ganho de espaço para permitir passagem do ar e melhorar a obstrução respiratória.

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Quando decidir sobre a cirurgia, atentar para as diferenças de técnicas e cuidados necessários no pós-operatório.

Timpanotomia / Colocação de tubo de ventilação

Procedimento realizado em pacientes com otites recorrentes ou que apresentam secreção no ouvido médio (catarro no ouvido) por pelo menos 3 meses, sem melhora com tratamento clínico e com prejuízo da audição.  Sob visão microscópica ou através de vídeo-endoscopia é realizado incisão na membrana timpânica para retirada da secreção e em seguida é colocado (não obrigatoriamente) um tubo de ventilação (dreno) que é posicionado na membrana timpânica. Na maioria dos casos o tubo é eliminado sozinho pelo organismo em meses.

Quando não ocorre eliminação espontânea em até 2 anos (tempo variável, de acordo com o caso) o médico retira o tubo em consultório ou em centro cirúrgico se necessário.

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Quando decidir sobre a cirurgia, atentar para as diferenças de técnicas e cuidados necessários no pós-operatório.

Adenoidectomia

Quando a tonsila faríngea (Adenóide, erroneamente chamada de carne esponjosa) está aumentada a criança, pode ocorrer os seguintes sintomas: obstrução nasal com conseqüente respiração oral, roncos, sono agitado, otites recorrentes e até apneia do sono. Se não há melhora com o tratamento clínico, a cirurgia deve ser realizada. Não existe idade mínima para operar!

Técnica utilizada:  Com o auxílio de um vídeo-endoscópico (pequena câmera posicionada dentro do nariz) removemos a adenóide sob visão direta através da remoção com Laser, permitindo ação precisa e com mínimo sangramento. Por ser realizada sob visualização direta com câmera, a chance de recidiva é mínima.

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Quando decidir sobre a cirurgia, atentar para as diferenças de técnicas e cuidados necessários no pós-operatório.

Amigdalectomia / Retirada das Amígdalas

Aumento das amígdalas:  As amígdalas palatinas são tecidos linfóides que ajudam na produção de anticorpos contra micro-organismos que entram em contato com nosso organismo através da boca.  No entanto em alguns pacientes ela pode aumentar de tamanho de forma significativa, principalmente a partir dos 3 anos de idade, podendo ocasionar obstrução respiratória, com má qualidade do sono, roncos, apnéia do sono, sono agitado, respiração oral e alteração do crescimento em alguns casos. Nem sempre tudo isso ocorre. Nesses casos os prejuízos são claros e a retirada das amígdalas deve ser considerada por um Otorrino. Diversos estudos já foram realizados com milhares de crianças e não há nenhuma evidência de que após a retirada das amígdalas o indivíduo tenha sua imunidade reduzida, pelo contrário, as crianças operadas sofreram menos  infecções do que crianças não operadas.

Amigdalite recorrente: Quando um paciente apresenta amigdalites bacterianas recorrentes (de repetição), necessitando de antibióticos frequentes e apresentando quadros clínicos exuberantes (febre alta, perda de peso, dias acamados com afastamento de escola e/ou trabalho) a cirurgia  pode ser considerada. O critério para confirmar a indicação da cirurgia deve ser individualizado e não apenas baseado no número de infecções por ano, por isso a importância da avaliação por um especialista.

Caseum:  Trata-se de detritos orgânicos (restos de alimentos) que se alojam nas criptas (buracos) das amígdalas. Podem causar odor desagradável e desconforto para o paciente devido ao processo de decomposição pela flora normal da boca. Quando não ocorre melhora com o tratamento clínico a retirada das amígdalas pode ser considerada.

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Quando decidir sobre a cirurgia, atentar para as diferenças de técnicas e cuidados necessários no pós-operatório.

Otoplastia / Orelha em Abano

A orelha em abano ou orelhas proeminentes pode trazer desconforto estético ao indivíduo e é definida quando o ângulo entre pavilhão auricular e couro cabeludo for maior do que 30° e. As alterações anatômicas mais encontradas são excesso de cartilagem conchal e subdesenvolvimento da anti-hélix (uma dobrinha da cartilagem na parte alta da orelha), resultando em orelhas projetadas para frente. Trata-se de uma característica familiar com herança autossômica dominante (não é uma malformação!), ocorrendo em aproximadamente 5% da população branca.

Por fugir ao padrão estético a orelha em abano pode causar problemas psicológicos, o que ocorre geralmente na infância quando se inicia um contato maior com outras crianças na fase pré escolar, gerando apelidos e brincadeiras que podem influenciar até no desenvolvimento da personalidade da criança. A correção cirúrgica pode ser realizada na maioria dos casos a partir dos 5 anos.

Quando decidir sobre a cirurgia, atentar para as diferenças de técnicas e cuidados necessários no pós-operatório.

Rinoplastia Funcional

Variações das estruturas internas nasais podem estar associadas à obstrução nasal e alterações da aparência do nariz.  A Rinoplastia Funcional tem como objetivo corrigir essas alterações, reestruturando a arquitetura nasal para que o paciente consiga respirar plenamente pelo nariz e de forma duradoura, além de proporcionar melhor equilíbrio estético.

Pacientes com desvio de septo muito acentuado e/ou histórico de cirurgia nasal prévia, podem não ter seu problema solucionado por uma cirurgia convencional de correção de desvio de septo e redução de cornetos (carne esponjosa), necessitando de técnicas mais elaboradas para corrigir o problema. Nesses casos, mesmo se o paciente não deseja alterar a estética, também devemos considerar a Rinoplastia Funcional.

Quando decidir sobre a cirurgia, atentar para as diferenças de técnicas e cuidados necessários no pós-operatório.

Cirurgia Endoscópica dos Seios Paranasais / Cirurgia para Sinusite

Pacientes com sinusite (rinossinusite) podem apresentar sintomatologia variada, desde quadros leves com obstrução nasal e aumento da secreção nasal por período prolongado, até dores de cabeça e na face de forte intensidade e redução do olfato. Há ainda um grupo de pacientes em que a sinusite pode estar associada a formação de pólipos dentro da cavidade nasal, com prejuízo ainda maior da função respiratória, do olfato e da qualidade de vida. O tratamento clínico é a primeira opção, através da irrigação com soro fisiológico associado a medicamento tópico intranasal.  Quando não ocorre um controle satisfatório dos sintomas com essas medidas, a Cirurgia Endoscópica dos Seios Paranasais pode ser empregada.

A cirurgia consiste em aumentar os espaços que comunicam a fossa nasal com os seios paranasais e remover secreções, pólipos e/ou cistos presentes. Esta cirurgia evoluiu muito nos últimos anos com a chegada de novos recursos tecnológicos como vídeo cirurgia, laser, microdebridador e materiais hemostáticos. É realizada sob anestesia geral, em geral, sem necessidade de tamponamento nasal no pós operatório e com recuperação rápida em poucos dias.

Quando decidir sobre a cirurgia, atentar para as diferenças de técnicas e cuidados necessários no pós-operatório.

Redução de Cornetos / Carne esponjosa / Turbinoplastia

No paciente que apresenta obstrução nasal, independente da idade, é muito comum ocorrer aumento dos cornetos nasais (também erroneamente chamado de carne esponjosa), podendo estar associado a outras alterações como desvio de septo e/ou aumento da adenóide. Quando o tratamento clínico com medicações nasais não é bem sucedido, a cirurgia para redução dos cornetos poderá ser indicada.

Técnica utilizada: Com o auxílio de um vídeo-endoscópico (pequena câmera posicionada dentro do nariz) removemos a estrutura óssea do corneto e reduzimos o tecido submucoso com Laser, permitindo ação precisa e com mínimo sangramento.  Essa técnica, chamada de Turbinoplastia, permite redução considerável dos cornetos com preservação de sua mucosa funcional. A grande vantagem é não necessitar de tampão nasal no pós operatório.

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Quando decidir sobre a cirurgia, atentar para as diferenças de técnicas e cuidados necessários no pós-operatório.

Septoplastia / Desvio de septo

Desvios do septo nasal são alterações frequentemente encontradas, porém somente os pacientes com sintomas apresentam indicação de correção. As queixas de um paciente com desvio de septo podem ser: nariz obstruído constantemente, predomínio de respiração oral, dificuldade para dormir devido a obstrução, secura bucal e outros.

 

Técnica utilizada: Para maior segurança, preferimos a anestesia geral (as medicações anestésicas são injetadas diretamente no acesso venoso, veia, e é assegurado uma via segura para sua respiração). Após o paciente ser submetido a anestesia, realizamos a correção do desvio através de incisões, todas internas ao nariz, utilizando o auxílio de um vídeo-endoscópico (pequena câmera posicionada dentro do nariz). Isso permite maior precisão e melhor visualização de dentro do nariz e essa técnica tem sido cada vez mais empregada nos grandes hospitais. Não há necessidade de tampão nasal e splint nasal de rotina (um tipo de tala dentro do nariz), sendo uma técnica menos invasiva.

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Quando decidir sobre a cirurgia, atentar para as diferenças de técnicas e cuidados necessários no pós-operatório.