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O que é o ronco?

O ronco é um ruído produzido pela vibração dos tecidos da garganta conseqüente  passagem “forçada” do ar e isso ocorre quando há um estreitamento no espaço da via aérea superior. Enquanto nas crianças a causa desse estreitamento é quase sempre aumento de amígdalas, adenóide e cornetos nasais, nos adultos a causa geralmente é relaxamento e flacidez da musculatura e demais tecidos da garganta. Alguns casos ocorre apenas o ruído mas a pessoa respira e dorme bem, prejudicando os companheiros de quarto e sendo motivo de constrangimento. Porém  alguns casos ocorre diminuição da respiração (hipopnéia) e até parada da respiração por 10 segundos ou mais (apnéia), nestes casos pode ocorrer a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS).

As queixas mais freqüentes são roncos, acordar à noite sufocado, taquicardia, arritmias (alterações no batimento cardíaco), alterações da pressão arterial, sonolência diurna, irritabilidade, impotência sexual, esquecimento e falta de concentração. Segundo dados estatísticos, 30 a 40% da população apresenta roncos e até 9% dos homens e 4% das mulheres apresentam SAOS.

Como vai seu Nariz?

A função do nariz é conduzir o ar, purificá-lo, aquecê-lo, umidificá-lo, servir de câmara de ressonância para o som, possibilitar o olfato, estética e iniciar o reflexo nasoalveolar, que permite utilização de todo espaço pulmonar, não utilizado em caso de respiração pela boca.

No caso de obstrução nasal (nariz entupido) ocorre aumento do consumo de energia com a respiração e piora das funções citadas acima, podendo gerar ou agravar roncos, dificultar a pratica de exercícios físicos, contribuir para alterações do crescimento facial em crianças, alterações na oclusão dentária, infecções recorrentes na garganta, voz anasalada, mau hálito, diminuição do olfato, sinusites, otites e agravamento da asma. Tudo isso pode levar a uma piora considerável da qualidade de vida.

A obstrução nasal pode ter como causa um desvio do septo e/ou hipertrofia (aumento) dos cornetos nasais, rinite alérgica, aumento das adenóides (um tipo de amígdala que fica no final da fossa nasal), alterações congênitas como imperfuração coanal e meningoceles, tumores menos comumente, dentre outras. O correto diagnóstico poderá ser feito por um otorrinolaringologista e nos casos em que não houver melhora com tratamento clínico poderá estar indicado  o tratamento cirúrgico.

A cirurgia nasal evolui muito nos últimos anos devido surgimento de novos recursos como endoscópios (câmeras pequenas que permitem visualização e ação precisa dentro do nariz), materiais hemostáticos (que ajudam a controlar sangramentos) e Laser (que permite a redução de tecidos e incisões com menor sangramento e maior precisão). Com isso o paciente consegue um tempo de recuperaçao mais curto, menos dor e  não precisa mais usar  tampões nasais de rotina no pós operatório.