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Como limpar ouvidos?

O canal auditivo externo possui um formato cilíndrico e ligeiramente curvo, com comprimento de aproximadamente 2,5cm no adulto, terminando na membrana timpânica, estrutura que contribui para a transmissão do som para a parte interna do ouvido.
A pele que reveste o canal possui glândulas responsáveis pela produção do cerume, que tem função de proteger o canal auditivo de pequenos corpos estranhos, como insetos, e possui propriedades antibacterianas e antifúngicas.

Geralmente o excesso de cerume é eliminado espontaneamente. O uso de objetos como bastonetes com algodão (cotonetes), duchas caseiras e outros objetos pequenos não são recomendados, pois acabam empurrando o cerume mais para dentro, formando uma rolha impactada com o tempo. Além disso, essa manipulação pode levar a traumatismo da pele do canal e até da membrana timpânica.

Quando há excesso de cerume no canal (porque o paciente produz muito ou porque empurrou mais para dentro com algum objeto) pode ocorrer diminuição da audição, zumbido e até dor de ouvido. Nesses casos, tentativas caseiras de remoção de cerume com duchas e outros objetos não são recomendadas, podendo piorar a dor, aumentar a obstrução do canal, causar otite, perfuração do tímpano e as vezes dificultar o procedimento de remoção pelo especialista.

O correto é realizar a limpeza apenas na parte externa com uma toalha e os dedos, sem forçar a entrada no canal.

 

Endoscopia do Sono

Para melhor avaliação e seleção do tratamento para pacientes com Roncos e/ou Apnéia do Sono, podemos realizar a Endoscopia do Sono Induzido, exame relativamente novo, muito utilizado na Europa e EUA.

Este exame é o único que permite visualizar a via aérea do paciente com ele roncando durante o sono induzido (intra hospitalar) e isso permite localizar o local e tipo de obstrução da via aérea. Estas informações podem ser decisivas no sucesso ou falha dos diferentes tratamentos para alguns pacientes.

Como vai seu Nariz?

A função do nariz é conduzir o ar, purificá-lo, aquecê-lo, umidificá-lo, servir de câmara de ressonância para o som, possibilitar o olfato, estética e iniciar o reflexo nasoalveolar, que permite utilização de todo espaço pulmonar, não utilizado em caso de respiração pela boca.

No caso de obstrução nasal (nariz entupido) ocorre aumento do consumo de energia com a respiração e piora das funções citadas acima, podendo gerar ou agravar roncos, dificultar a pratica de exercícios físicos, contribuir para alterações do crescimento facial em crianças, alterações na oclusão dentária, infecções recorrentes na garganta, voz anasalada, mau hálito, diminuição do olfato, sinusites, otites e agravamento da asma. Tudo isso pode levar a uma piora considerável da qualidade de vida.

A obstrução nasal pode ter como causa um desvio do septo e/ou hipertrofia (aumento) dos cornetos nasais, rinite alérgica, aumento das adenóides (um tipo de amígdala que fica no final da fossa nasal), alterações congênitas como imperfuração coanal e meningoceles, tumores menos comumente, dentre outras. O correto diagnóstico poderá ser feito por um otorrinolaringologista e nos casos em que não houver melhora com tratamento clínico poderá estar indicado  o tratamento cirúrgico.

A cirurgia nasal evolui muito nos últimos anos devido surgimento de novos recursos como endoscópios (câmeras pequenas que permitem visualização e ação precisa dentro do nariz), materiais hemostáticos (que ajudam a controlar sangramentos) e Laser (que permite a redução de tecidos e incisões com menor sangramento e maior precisão). Com isso o paciente consegue um tempo de recuperaçao mais curto, menos dor e  não precisa mais usar  tampões nasais de rotina no pós operatório.